A pergunta na verdade não expressa bem a minha dúvida. Crescer é uma obrigação, é natural de qualquer espécie viva.
O que quero saber é quem decidiu o que é ou não crescimento.
Crescer é ter um emprego?
É ser monogâmico?
É ter casa própria?
Carro?
Não sei, eu não consigo entender esses pontos de vista.
A psicologia moderna já recalculou o potencial humano de crescimento e independência emocional e financeira.
Há alguns anos a idade madura era calculada entre 18 e 21 anos. Até essa idade a pessoa já deveria ter emprego, casa, um relacionamento estável e definitivamente não poderia mais depender dos pais.
Hoje, após muitos estudos, chegaram a uma nova idade: 30 anos.
Exato, pode parecer absurdo ou exagero, mas basta olhar em volta.
Cada vez mais terminar uma faculdade, e até mesmo uma pós-graduação ainda não são suficientes para libertar alguem financeiramente de seus pais.
No que diz respeito a liberdade emocional então podemos ir até mais longe, mas não quero uma tese de nada, quero apenas propor que pensemos.
Não há necessidade de se cobrar por não ter um carro, uma casa ou um emprego que pague bem. O foco deveria ser em viver bem, em se sentir integrado no ambiente em que se encontra.
Morar com os pais não é problema quandos todos se olham como adultos. O problema de morar com os pais é que eles sempre nos olham como filhos e dificilmente nos deixam fazer parte nas escolhas da casa, nas escolhas das compras e tantas outras coisas.
Então finalizo dizendo que sim, devemos crescer. Mas... por quê devo crescer baseado no que alguém definiu como crescimento e não naquilo que me faz sentir grande o suficiente para suportar tempestades e ventanias?
Acho que o princípio é a sobrevivência que, apesar de nossa "racionalidade", o instinto prevalece - oculto, mas prevalece. O "adulto" (que entedo por pessoa capaz de suprir a si próprio com suas emoções e responsabilidades) conhece aquilo que o rodeia. Meu pai mesmo diz q não existe um jogador de videogame que se dá bem na vida. Para quem passa 10 horas por dia dentro de um consultório fechado, não admiro que não conheça. Por motivos óbvios de trabalho escravo, fica difícil conhecer as oportunidades, diferenças e mudanças que acontecem ao redor para melhor ou pior. Como eu julgarei o que é melhor para meu filho se eu hoje começar a trabalhar 8 horas por dia, 2 horas pra almoço, e 8 pra dormir? Que vida de conhecimento posso ter embarcando em tal jornada? Logo, se estou vivo, se sobrevivo, eu julgo aquilo ideal. A sobrevivência é o suficiente para um "adulto" acreditar que tem o direito de lhe ensinar sobre como viver. Uma coisa é ensinar valores, outra é ensinar a vida, como se todos tivessem a mesma vida, os mesmos sonhos, mesmos problemas. Nesse ponto, vejo como aquela mãe pobre, q coloca um nome com Y e W em seu filho e que sonha em fazê-lo ser grande demonstra as duas faces extremistas. Um dos pais, te querem iguais a eles, pq eles sobrevivem. O outro, querem que vc realize o sonho deles mesmo. Acredito, que se vc não está disposto a mudar, a aceitar regras, aceitar quebrança das suas próprias, não está disposto a abrir mão de decidir tudo, de mandar em sua casa e de não compartilhar decisões com mais ninguém, simplesmente não está na hora que ter um filho.
ResponderExcluirPais, a paternidade é um laço de sangue, não um contrato bancário, empregativo ou de servidão. Filhos, conquiste seu meio, e torne-se um adulto melhor.
Oi boa gente.
ResponderExcluirEu um dia ouvi: "É melhor estares sentado sem fazer nada ganhando dinheiro, do que fazeres algo de produtivo e que gostas de fazer sem receber nada em troca!", valha-me santa pexenica, tenham dó. Quanta apatia vai na mente de quem disse tal asneira? quantas vezes já morreram todos os seres humanos que pensam assim? porque raio continuam eles arrastando as carcaças sem alma pela superfície fértil e bela que este mundo pode ser? o que é que acontece na vida de alguém para que perca o sonho, para que se embrenhe na noite escura da ignorância, segura e fria, cheios de dogmas, crenças tolas, e baboseiras ditas sem pensar?
O que raio distingue os humanos das bestas sadias, se a alma está morta, se preferem fazer nada e chamarem-se de adultos responsáveis e bem sucedidos apenas porque conseguem bons carros, casas, seja lá o que for, enquanto a vida que realmente importa lhes vais escapando entre os dedos porque nada fazem dela?
Pra quê tanto valor aos bens materiais se quando morrermos não ficamos com porcaria nenhuma. Se ser adulto é trabalhar que nem uma mula, ou não fazer nada e conseguir um monte de dinheiro, matando aquilo em que acredito, obrigado mas prefiro continuar criança.